[RESENHA ESCRITA] BATTLE ROYALE


Sinopse: Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami sofreu uma grande decepção. O manuscrito de seu romance de estreia havia chegado à final do Japan Grand Prix Horror Novel, concurso literário voltado para a ficção de terror, mas acabou preterido. Não era para menos. Embora habituado a tramas assustadoras, o júri se alarmou com a história do jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República da Grande Ásia Oriental.
O livro, intitulado Battle Royale, só seria lançado em 1999, espalhando um rastro de polêmica – vendeu mais de 1 milhão de exemplares e foi comentado no Japão inteiro. A repercussão foi tão intensa que apenas um ano depois já eram lançadas as adaptações da história para o cinema e para os mangás – mais tarde, viriam sequências tanto na tela grande como nos quadrinhos.




Resenha: Iniciamos a leitura de Battle Royale já com a apresentação da Turma do nono ano B da Shiroiwa Junior School, composta por 42 alunos, 21 meninos e 21 meninas, apresentados pela visão do nosso protagonista Shuya Nanahara (estudante número 15). Todos os alunos estão indo para uma excursão de escola, dentro de um ônibus, felizes e contentes, mas sem perceber caem em um sono profundo. Todos acordam e estão dentro de uma escola, local diferente do programado, e são surpreendidos por Kinpatsu Sakamochi, vilão e empregado do governo, dizendo que a turma deles foi a sorteada para participar do Programa  Experimental de Batalha número 68. Programa este onde todos os alunos devem lutar até a morte, restando apenas um, para mostrar à nação que o governo é imponente e aterrorizante. 
Todos alunos são controlado por uma coleira no pescoço, mostrando seus batimentos cardíacos, recebem uma mochila com alguns mantimentos de sobrevivência, um mapa para indicar quais os quadrantes (mapa dividido em quadrantes) que eles não podem estar em determinados horários, obrigando-os a se mover pela ilha, e uma arma de batalha. Porém essas armas variam muito pela sorte, elas podem ser uma super metralhadora, uma foice, uma corda ou até mesmo um garfo, pois é, um garfo!!! Como sempre as pessoas que precisam e deveriam ficar com as melhores armas, são as que recebem um garfo como arma [rsrsrsrs]. A ordem é clara, se você quiser viver, mate todos os seu colgas de turma, sem piedade.
A partir daí, todos os alunos saem da sala de aula e vão batalhar na ilha isolada em que estão. Eles são evacuados da sala na ordem alfabética da lista de chamada da própria turma, modo este, que não permite que "panelinhas" saiam juntas para formar uma gangue. Logo no terceiro capítulo já acontecem mortes violentíssimas e ao decorrer do livro os 42 personagens principais mostram seus dilemas, seus medos e como enfrentar seus problemas, sozinho ou em turma.

Minha percepção quanto ao livro: Socorro, essa foi a palavra que falei e pensei em muitos momentos durante a história. Quando comprei o livro juro que me assustei com seu tamanho (600 e tantas páginas), porém eu o li em 3 dias, trabalhando e estudando. É um livros sensacional, de leitura fácil (exceto pelos 50 nomes asiáticos), e um ótimo exemplo de distopia. O fato de ao final de cada capítulo, ter uma contagem do número de sobreviventes, te deixa totalmente louco e vidrado no livro. Algumas vezes eu prometia a mim mesmo que só iria ler mais um capítulo (03:30 da manhã), mas no próximo alguém morria, aí eu não conseguia parar de ler. Sério gente, é um livro muito envolvente e que desperta a curiosidade até nos que menos se importam com isso, um dos meu livros favoritos lidos em 2014. A história é no geral muito sangrenta e muito forte psicologicamente, as vezes até me perguntando qual seria a censura de faixa etária, você conhece crianças que matam por gosto e outras que morrem por besteira, por um simples descuido ou tentar fazer o bem. Em alguns momentos cheguei a sofrer junto às personagens e me senti muito mal quando as perdi. Em Battle Royale, somos levados diretamente ao caos, sem muita enrolação e pré-histórias, coisa que também não acontece durante o desenrolar da trama.

Notas gerais sobre o livro: Antes de adquiri-lo, muitas pessoas me disseram que era uma cópia do livro Jogos Vorazes de Suzanne Collins, porém, Battle Roayle foi lançado em 1999, muito tempo antes de Suzanne iniciar a escrita de Jogos Vorazes. Desta forma, esta história foi uma das pioneiras do gênero, e olha, que pioneira!!! Um comparativo entre as duas, Battle Royale é extremamente mais violento e sem piedade que Jogos Vorazes, além de ser um livro muito mais extenso, mas com a mesma premissa.
Outra coisa que neste livro me deixou extremamente feliz, foi a sua capa, a Globo Livros mandou super bem com a arte (diferente da original de 1999) e com os adornos que ela contém (alto relevo bem bacana). Nas contra-capas temos os mapas com as indicações dos locais proibidos e os horários que os definiram, bem como a lista de  chamada dos alunos, para você ir acompanhando quem morreu ou não. Essa história começou a ser escrita em mangás, e posteriormente foi adaptada a livros, é um volume único e infelizmente foi o único livro escrito pelo autor (censurado pelo governo).

Espero que vocês tenham gostado, é um ótimo livro para se investir e ganhei mais um para a minha coleção dos melhores. Se você gostou da resenha, compartilhe-a, se inscreva no nosso blog e passe as nos acompanhar.


Mapa com as proibições de locais e horários
I.S.B.N: 9788525056122
Altura: 23cm
Largura: 16cm
Profundidade: 3cm
Acabamento: Brochura
Número de páginas: 664
Editora: Globo Livros




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